terça-feira, setembro 13, 2011

Helena e Páris

Somos apenas o sonho de uma noite estrelada
e o espaço de um mar inteiro
que os deuses não querem secar.
Somos o pronuncio de um beijo,
a esperança anunciada
e o derradeiro segundo de um tempo ímpio
que persiste no seu passar.
Somos toda a vontade, na pele, espelhada,
a fútil negação de um desejo maior
e a impossibilidade no peito a pulsar.
Somos o sorriso contido,
o segredo na palavra guardada
e o profundo silêncio interior.
Somos tudo,
agora que não podemos ser mais nada.

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